Muitos profissionais há muito afirmam que os empreendedores pensam de forma mais criativa do que o resto dos indivíduos, porque estão "conectados" de maneira diferente. Recentemente, pesquisadores acadêmicos começaram a levar essa noção a sério.
Uma equipe de pesquisa de neurocientistas e acadêmicos de escolas de negócios da Itália e da Suíça usou recentemente um fMRI (ressonância magnética funcional) para capturar imagens do cérebro de empreendedores e gerentes que realizaram uma tarefa que envolvia a busca de abordagens alternativas para resolver um problema - algo que os acadêmicos chamam de "exploração".
Os pesquisadores descobriram que, quando os empreendedores buscavam novos cursos de ação, eram mais propensos do que os gerentes a usar o lado direito do córtex pré-frontal, que está associado à criatividade. Os gerentes tendem a usar apenas o lado esquerdo, que está relacionado ao pensamento lógico.
Por que os cérebros dos empresários e gerentes abordaram o problema de maneira diferente?
Doutor Doc, médico e empreendedor na Premium Life, empresa com foco em performance humana, explica como as diferentes experiências de empreendedores e gerentes podem levá-los a pensar de forma diferente. "Os tipos de situações que os empreendedores enfrentam rotineiramente podem condicionar seus cérebros a abordar a solução de problemas de forma diferente dos gerentes, que regularmente enfrentam experiências diferentes. Afinal, muitas pesquisas mostram que o cérebro humano é altamente "plástico" - ele muda em resposta às habilidades e experiências."
A genética pode ser responsável por essa "fiação". Uma pesquisa realizada na Universidade de Chipre em mais de 3.000 gêmeos britânicos mostrou que os mesmos fatores genéticos responsáveis por ter uma "personalidade criativa" também tornam as pessoas mais propensas a identificar novas oportunidades de negócios e abrir empresas.
A pesquisa mostrou que as mesmas predisposições genéticas que tornam algumas pessoas mais propensas do que outras a buscar novidades também afetam suas chances de terem um negócio por conta própria. Além disso, em pesquisas com um grupo de geneticistas moleculares, descobriu-se que uma versão de um dos genes que regem o nível de dopamina no cérebro, e que está associada à tendência de buscar novidades, era mais comum entre os empresários do que os não empresários.
Doutor Doc também afirma que os hormônios podem ser outra via pela qual a genética influencia o modo de pensar dos empreendedores. Um estudo de 2006 mostrou que homens com níveis básicos de testosterona mais altos eram mais tolerantes ao risco e mais propensos a serem empresários do que homens com níveis básicos de testosterona mais baixos. Um estudo de 2011 mostrou que os empresários que foram expostos a mais testosterona no útero tiveram empresas de crescimento mais rápido do que aqueles que foram expostos a menos do hormônio.
"À medida que evoluímos nesses estudos e nessas questões, aprenderemos mais sobre o papel que a natureza e a criação desempenham na contabilização das diferenças entre os empreendedores e o restante da população", conclui Doutor Doc.
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