Em março de 2022, a pandemia completa 2 anos desde os seus primeiros índices alarmantes de contaminação. Os efeitos consequentes de recessão ou crise econômica foram sentidos por todos os setores, em todo o mundo.
No entanto, o setor de compras online foi pelo caminho oposto. Apenas no Brasil, os consumidores impulsionaram um crescimento de 30% no volume total de compras desde o início da pandemia.
Com as pessoas passando mais tempo em casa, e ainda mais dispostas a realizarem compras online, o mercado de anúncios digitais também acompanha o crescimento.
Em uma pesquisa realizada pela Juniper Research, estima-se que o mercado de ads atinja a marca de US$ 407 bilhões em 2022. A previsão para o próximo ano é que o mercado passe a movimentar acima dos 500 bilhões de dólares, e valor próximo a US$ 753 bilhões até o final de 2026.
Com todo esse capital investido no setor, é esperado que as fraudes publicitárias também se intensifiquem. Ainda de acordo com a Juniper, as perdas para editores e anunciantes com as fraudes chegarão a US$ 68 bilhões apenas em 2022. Um aumento considerável se comparado com os 59 bilhões do ano anterior.
Dentre todas as técnicas fraudulentas utilizadas no mercado de publicidade digital altamente competitivo, uma delas se destaca: o tráfego inválido.
O que é tráfego inválido?
Para o Google, o tráfego inválido é definido como todas as visitas a um site que não são realizadas por humanos ou que não seja motivado por um interesse genuíno no conteúdo ou produto e serviço, no caso de cliques em anúncios.
Em outras palavras, trata-se de um fluxo de acessos a um site que tem como origem bots (robôs). Já pela ótica do anunciante, o tráfego inválido que atrapalha suas campanhas é em geral concentrado nos cliques fraudulentos, sem interesse genuíno, em banners de anúncios colocados em sites de terceiros.
As finalidades em gerar um tráfego inválido em sites de editores e campanhas de anunciantes variam em cada caso. De maneira geral, a fraude tem o intuito de fazer com que a concorrência eleve seus gastos ao anunciar para usuários que não possuem nenhuma intenção de realizar uma compra ou acessar um conteúdo.
Em números:
Fonte: Search Engine Journal
Os desafios para minimizar o Tráfego Inválido
Além do alto impacto financeiro para o mercado, o tráfego inválido dificulta a análise dos dados, e por consequência, a elaboração de estratégias para fazer anúncios cada vez mais relevantes para cada tipo de usuário.
Mais importante que isso, o Google, principal meio em que editores anunciam seus espaços publicitários, tem baixa tolerância com taxas recorrentes de tráfego inválido. Caso um site tenha porcentagens altas de cliques fraudulentos, ele pode ter parte da sua receita suspensa pelo Google AdSense, ou até mesmo ter sua conta suspensa por tempo indeterminado.
O impacto dos cliques fraudulentos é ainda maior se considerarmos que, em média, apenas 13% dos editores do mundo todo estão livres deles. Isso acontece porque, mesmo que o editor consiga identificar a origem desse tráfego através de plataformas como o Google Analytics, bloqueá-lo é algo muito mais trabalhoso pelo fato de ser um trabalho mais técnico e a maioria o faz de maneira manual.
Apesar de existirem no mercado muitas ferramentas com objetivo de automatizar esse trabalho, a maioria delas só é capaz de identificar o tráfego inválido, e nos melhores casos, emitir algum tipo de alerta para o administrador do site.
Uma novidade no mercado brasileiro
Frente a esse cenário, a MonetizeMore, empresa canadense de tecnologia de mídia programática e parceiro certificado do Google, desenvolveu uma ferramenta própria, o Traffic Cop, para atender a demanda de bloqueio automatizado do tráfego inválido.
O Traffic Cop é uma funcionalidade do gerenciador de anúncios PubGuru, que faz uso de machine learning (aprendizado de máquina) para a identificação e bloqueio de tráfego inválido, desde o mais simples até o mais sofisticado, como malwares e tráfego de proxy inválido.
O Traffic Cop obteve destaque em 2020 ao vencer o prêmio Google de Inovação, pelo fato de ser uma tecnologia inovadora e atender a todos os rigorosos requisitos da política da empresa.
Por esse motivo, a ferramenta foi trazida para o Brasil, com seus relatórios e o suporte completamente traduzido para português.
Algo interessante sobre o software é que ele personaliza a cobrança de acordo com o nível de cobertura que deverá proporcionar, ou seja, cobra de acordo com o volume de tráfego de cada site.
Com o software instalado e em funcionamento, ele filtra e avalia todo tráfego. Diante de um usuário suspeito, uma captcha é exibida na tela, se o usuário é um robô, ele não resolverá a captcha e não terá acesso aos anúncios do site.
A nova abordagem para o tráfego inválido tem potencial para se tornar uma ferramenta de apoio aos editores que monetizam com anúncios e vem ganhando espaço na indústria como uma maneira de trazer mais segurança para anunciantes dentro do mundo da mídia programática.