03/02/2022 às 10h59min - Atualizada em 07/02/2022 às 22h20min

Projeto expõe relevância de educação financeira nas escolas

Aprender Valor pode levar educação financeira a 22 milhões de estudantes; especialista fala sobre a importância da disciplina para o futuro dos jovens e para intercâmbio

DINO
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Às vésperas de um novo ciclo escolar, as escolas de Ensino Fundamental da rede pública já podem aderir ao programa Aprender Valor para o ano letivo de 2022. O programa pode levar educação financeira a 22 milhões de estudantes, conforme declaração do diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, do Banco Central, Mauricio Moura. De acordo com o Banco Central, a iniciativa vinha sendo desenvolvida, em caráter experimental no Ceará, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Pará.

Em cerimônia de lançamento realizada em novembro, como parte da 8ª Semana ENEF (Semana Nacional de Educação Financeira), foram premiadas as redes de ensino e escolas que se destacaram na fase-piloto do projeto, desenvolvido pelo Banco Central com o financiamento do FDD (Fundo de Defesa de Direitos Difusos), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Thiago Reis, diretor-executivo da Centric Learning - que atua no Brasil com o nome de WAY American School e oferece programas de High School 9-12 (do nono ano do Ensino Fundamental ao terceiro ano do Ensino Médio) -, acredita que o ensino de economia e educação financeira também pode ser útil para estudantes do Ensino Médio (High School) já que, mediante a absorção desses conhecimentos, os jovens podem desenvolver habilidades que os permitirão fazer um planejamento e uma gestão eficaz de suas finanças.

“Está claro que o conhecimento sobre finanças é algo que os estudantes poderão levar para a vida adulta, considerando que cerca de 70% dos brasileiros se encontravam endividados de alguma forma apenas em 2021”, afirma, citando dados da Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) divulgada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

Reis destaca que pesquisadores da Furb (Fundação Universidade Regional de Blumenau) concluíram que a falta de diálogo sobre o assunto é capaz de afetar a vida dos jovens em sua vida adulta. “Para reverter a situação, é sugerido um trabalho conjunto de famílias, escolas e empresas a fim de ajudar os estudantes à compreensão da importância do planejamento para suas vidas no presente e no futuro”.

Educação financeira é fator-chave para intercâmbio 

Na análise do especialista, o ensino de economia e educação financeira é essencial para os jovens que desejam morar fora do país, pois ajuda o estudante a se preparar para atingir a independência financeira e, consequentemente, a desenvolver as bases para uma boa administração dos recursos na vida adulta.

“A maioria dos alunos de programas de high school têm interesse em fazer faculdade fora do Brasil. Para esse público, a disciplina de economia se torna muitas vezes a mais interessante do programa, porque traz conhecimentos que eles, muitas vezes, não veem nas escolas brasileiras”, explica.

Reis acrescenta que aprender economia e educação financeira pode ajudar os estudantes a entender os gastos relacionados à viagem, moradia e os custos com a universidade. “Uma de nossas alunas, que está hoje na School of Visual Arts, em Nova York, fez seu próprio planejamento financeiro e percebeu que precisaria de uma bolsa de estudos para estudar lá. Ela entrou em contato com a universidade, compartilhou esses dados e explicou a situação. Acabou conseguindo uma bolsa duas vezes maior do que precisava”.

Escolas brasileiras precisam investir em educação financeira 

Na avaliação do diretor-executivo da Centric Learning, os adolescentes e jovens que vivem em países em que há uma tradição de ensino de economia tendem a ter uma melhor educação financeira - o que ainda precisa ser efetivado nas escolas do país.

“Uma pesquisa apontou que 90% dos brasileiros aprendem sobre economia apenas dentro de casa, com pais e familiares, e não na escola, o que coloca o Brasil bem abaixo de países desenvolvidos como Estados Unidos, Canadá e membros da União Europeia”, reporta, em referência ao estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) sobre educação financeira em unidades escolares.

Reis articula que as nações desenvolvidas incluem o ensino de economia em seus currículos para ensino médio, o que faz com que os jovens aprendam mais sobre o assunto de forma estruturada e pensada, com o objetivo de prepará-los melhor para o futuro.

“No Brasil, há estudos que apontam para a necessidade da implementação da disciplina nas escolas para diminuir o número de pessoas endividadas no futuro. Estamos apenas começando a agir em relação a essa lacuna do nosso currículo escolar, mas é importante agir agora para podermos ajudar o maior número de pessoas possível”, conclui.

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