Segundo pesquisas realizadas pelo LinkedIn (rede social de trabalho e networking), no primeiro semestre de 2021, mesmo com a incerteza econômica e o alto índice de desemprego no país, a pandemia impulsionou a transição de carreira e a busca por cargos mais promissores e demonstrou que a tendência para 2022 é de maiores transformações. O relatório Protegendo o Futuro do trabalho, do CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos) apresentou que 53% dos brasileiros querem mudar de profissão em 2022.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desocupação no 3º trimestre de 2021 ficou em 12,6%. Atualmente são 13,5 milhões de desempregados. A PNAD (Pesquisa Nacional por amostra de Domicílios) demonstrou no último gráfico que 65.456 mil pessoas estão fora da força de trabalho.
O IAEmp (Indicador Antecedente de Emprego) da FGV IBRE (Fundação Getulio Vargas) caiu 4,1 pontos em novembro de 2021 para 83,0 pontos, menor índice desde abril. A queda sugere que a recuperação do mercado de trabalho vem perdendo força. O IAEmp é construído como uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor. O indicador é positivamente relacionado com o nível de emprego do país, tendo capacidade de antecipar os rumos do mercado de trabalho no país.
As empresas em meio a tantas transformações buscam por profissionais para ocupar as vagas que são desocupadas durante a transição alta no mercado, para uma vaga de diretor executivo de fusões e aquisições, segundo buscas através do LinkedIn, o salário fixo mensal pode variar entre R$ 43,7 mil a R$ 66,7 mil com um aumento anual de até 5,28% nas áreas de engenharias, economia e administração. As exigências para cargos como este são relevantes, a necessidade de fluência em pelo menos três idiomas: o português, o inglês e o espanhol ou mandarim, mínimo de 6 anos de experiência comprovada em projetos na vaga pretendida, criatividade, desenvoltura, instrução acadêmica, as dificuldades para os headhunters não são poucas. Vagas como esta necessitam de candidatos que cumpram certas exigências.
Os headhunters são contratados pelas corporações para encontrar os profissionais certos no mercado de trabalho. O headhunter é uma espécie de caça-talentos e precisa compreender a velocidade como o fator crucial no projeto: “Muitas vezes, a empresa tem prazo apertado para compor a vaga, sob o risco de onerar as finanças e prejudicar o andamento da organização”, explica Neiva Gonçalves, Presidente da Success People — empresa de assessoria em transição de carreira situada em São Paulo, que atende no território nacional e internacional: “Não é uma tarefa fácil”, completa.
A agilidade para encontrar e apresentar o profissional faz com que tempo seja essencial. Atualmente não é necessário sair de casa para realizar uma especialização na área de interesse ou um curso de idiomas, a tecnologia trouxe os ensinos EAD (ensino a distância) que se tornaram ferramentas estruturais para quem busca aperfeiçoamento: “São duas as principais habilidades que buscam os Headhunters nos dias de hoje, hard skills, as ferramentas técnicas, especializações, cursos de aprimoramento técnico na vaga pretendida e soft skills, habilidades comportamentais, que dizem respeito ao comportamento social e à forma como a pessoa se expressa socialmente”, comenta Neiva.
Soft skills, assim como as hard skills, também podem ser aprendidas através de treinamentos técnicos. Empresas especialistas em treinamentos como a Success People possuem projetos de desenvolvimento profissional. O aprendizado inclui: empatia, organização, flexibilidade e boa comunicação. Em resumo, as soft skills são habilidades que estão relacionadas à maneira como se utiliza a comunicação e o trabalho colaborativo, fundamentais na vida pessoal e profissional. Neiva aponta quatro principais soft skills que procuram os headhunters e exemplificam como o comportamento auxilia na evolução profissional:
“O aprimoramento técnico é importante no momento de destacar um currículo em meio à enorme concorrência, levando em conta o alto nível de executivos no mercado, já as habilidades comportamentais são o grande diferencial, que na maioria das vezes, definem um candidato na hora da entrevista”, conclui.