17/05/2021 às 17h47min - Atualizada em 17/05/2021 às 19h41min

Mercado imobiliário em Piracicaba tem crescimento na pandemia

Em Piracicaba, houve aumento de cerca de 78% na venda de imóveis nos quatro primeiros meses do ano, conforme os dados divulgados pela Frias Neto Consultoria de Imóveis, empresa piracicabana que existe há mais de três décadas.

DINO
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Vista área de Piracicaba, em imagem de José Furlan Pissol


O mercado imobiliário cresceu durante a pandemia da Covid-19 e isso pode ser constatado inclusive em Piracicaba. Dados da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) e da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas) mostram que a venda de imóveis no país aumentaram 26,1% no ano passado, quando teve início a pandemia da Covid-19. Foram 119.911 unidades comercializadas, o melhor resultado desde 2014, quando o setor estava em fase de expansão.

Em Piracicaba, o crescimento também aconteceu e a tendência é que ele seja intensificado até, pelo menos, o final de 2021. Na cidade, houve aumento de cerca de 78% na venda de imóveis nos quatro primeiros meses do ano, conforme os dados divulgados pela Frias Neto Consultoria de Imóveis, empresa piracicabana que existe há mais de três décadas. O departamento de inteligência de dados da imobiliária aponta que nos quatro primeiros meses de 2021 a comercialização de imóveis aumentou em VGV (Valor Geral de Vendas) 78,62% em relação ao mesmo período de 2020.

Quem acompanhou essa elevação foi o setor de locação de imóveis, que registrou de janeiro a abril de 2021 o aumento em VGL (Valor Geral de Locação) de 44,97% na comparação com os quatro primeiros meses de 2020, tendo como principal responsável os imóveis comerciais, com crescimento de 66,18% no número de imóveis alugados.

Entre os principais fatores que contribuíram para este crescimento do mercado imobiliário estão a necessidade de ficar em casa, como medida para evitar o contágio na pandemia, e a baixa da Selic (taxa de juros básica da economia brasileira), que fechou em 2% no ano passado, a mais baixa da história.

“Por conta da pandemia, na qual, por recomendação dos órgãos de saúde, deve-se ficar em casa, evitando aglomerações, as pessoas passaram a olhar com mais atenção para suas moradias. Aumentou a busca por imóveis com espaços amplos, que possam oferecer cômodos para um escritório, por exemplo, devido ao estímulo ao home office, e, também, maior bem-estar”, explicou Angelo Frias Neto, diretor-presidente da Frias Neto Consultoria de Imóveis e diretor da ABMI (Associação Brasileira do Mercado Imobiliário).

Ele comentou, ainda, que o VGL (Valor Geral de Locação) de locação de casas e casas em condomínio nos quatro primeiros meses de 2021 na Frias Neto teve um aumento de 17,92% em relação a janeiro, fevereiro, março e abril de 2020. Em venda de casas e casas em condomínios o VGV (Valor Geral de Vendas) teve alta de 81,68%.


Outro fator que ajudou nesse crescimento foi o financiamento imobiliário, depois de crescer 57,5% no ano passado - com R$ 124 bilhões liberados pelos bancos -, o volume de financiamentos imobiliários deu um novo salto de 113% no primeiro trimestre de 2021 na comparação com os três primeiros meses do ano passado.

“É bem provável que a taxa de juros do financiamento imobiliário de pessoa física esteja num dos menores patamares que já vimos, já que a taxa média do primeiro trimestre é de 6,9% a.a.  E isso é um grande potencial para novos lançamentos de produtos, compra e venda de imóveis”, comentou o engenheiro civil Guilherme Lapo, co-fundador da RExperts, durante a palestra no 76º Encontro ABMI.



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