A modalidade CGI (Crédito com Garantia de Imóvel), como o home equity é conhecido no Brasil - opção de empréstimo em que o cliente utiliza um imóvel como garantia - vem se tornando cada vez mais popular nacionalmente. Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), foi identificado uma alta de 13% em 2021.
Até novembro, segundo a mesma fonte, as concessões deste modelo de crédito já resultavam em R$ 4,856 bilhões. Ainda segundo a entidade, o total de novos contratos chegou a 11.151 apenas no primeiro semestre de 2021, com uma cifra que já excedeu R$ 2,3 bilhões, trazendo uma alta de 31,9% quando comparado ao ano anterior.
Paralelamente, o governo anunciou no final de novembro um pacote de estímulo ao crédito imobiliário que versa sobre o home equity. Por meio de um Projeto de Lei, o Executivo enviará ao Congresso uma proposta que, se aprovada, permitirá que os proprietários utilizem os imóveis como garantia em mais de um financiamento. Medida que, uma vez em vigor, pode liberar até R$ 10 trilhões em financiamentos, segundo informação divulgada pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto.
João Magatti, diretor da Galleria Bank - empresa que atua com empréstimo com imóvel em garantia -, explica que o home equity é uma categoria de crédito com forte adesão no exterior e que, conforme os dados do BC demonstram, vem crescendo a cada ano.
“Trata-se de uma modalidade que apresenta menor taxa de juros em relação a outras categorias, que ganhou destaque ao longo da crise sanitária e que deve continuar em uma crescente no pós-pandemia”, afirma.
Especialista explica as principais características do home equity
Magatti afirma que, entre os principais atrativos da solicitação de crédito com garantia de imóveis, ganha destaque o fato de que, nesta modalidade, o tomador do crédito possui valores de empréstimo mais altos e prazo para pagamento mais longo - que pode chegar a vinte anos -, além de possuir as menores taxas de juros do mercado. Isso porque, por possuir uma garantia, muitas vezes nem mesmo a restrição do cliente se torna um impeditivo para a aprovação do crédito.
Para o especialista, o Brasil deverá trilhar o mesmo caminho de países como os Estados Unidos, onde o home equity é uma das principais formas de crédito das famílias.
“O crédito com garantia de imóvel vem crescendo no país, considerando que este se tratava de um produto pouco conhecido e explorado pelos bancos e fintechs. Atualmente, vem sendo compreendido como um empréstimo com vantagens tanto para o cliente, quanto para a empresa que está emprestando, com uma tendência de crescimento exponencial. As pessoas podem achar que esse tipo de empréstimo é burocrático e complicado, mas tem fintechs no mercado que finalizam o processo em menos de 10 dias, totalmente online” afirma.
O diretor da Galleria Bank esclarece que o modelo permite taxas mais baixas com a possibilidade de muitas parcelas de contratação devido à garantia. “Com o imóvel em contrato, o risco da empresa que está fazendo o empréstimo cai consideravelmente, o que leva a taxas de juros cada vez menores”, afirma. “Em linhas gerais, o home equity se assemelha ao financiamento, com um valor de empréstimo geralmente alto e prazos maiores, o que permite que a parcela fique bem mais baixa para o tomador do crédito”.
Magatti destaca que outro diferencial do empréstimo com garantia de imóvel é que o cliente pode utilizar o dinheiro creditado para diversos fins. “Com o home equity, é possível reformar o imóvel para vender por um valor mais alto, abrir um negócio e adquirir uma nova propriedade, além de poder utilizar o dinheiro para capital de giro, o que pode ser a solução para empresas em período de recuperação econômica”, finaliza.
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