10/12/2021 às 14h24min - Atualizada em 11/12/2021 às 07h20min

Apesar de ômicron, RJ e SP indicam realização do Carnaval

Festejos devem movimentar milhões de pessoas em todo o país; Diego Mortatti analisa como será o primeiro Carnaval pós-pandemia

DINO
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Apesar do temor do recrudescimento da pandemia de Covid-19 devido ao surgimento da nova variante, o Carnaval deve voltar a ser realizado em 2022 em São Paulo e no Rio. Na capital paulista, a expectativa é que 15 milhões de pessoas participem apenas nos blocos, conforme informações da prefeitura paulistana, que prometeu fazer da capital paulista o maior número de agremiações nas ruas e eventos (ao menos 867). 

No Rio de Janeiro, a folia também foi confirmada: segundo o governo estadual fluminense, há a expectativa de que este ano o evento movimente cerca de R$ 2,2 bilhões de reais na economia. 

Salvador, por sua vez, ainda vive um impasse em relação à festa, não havendo, até o momento, a confirmação, por parte das autoridades competentes, da realização do tradicional evento na cidade. 

Se nos grandes centros, o cancelamento dos festejos tem enfrentado resistência por parte dos gestores municipais, no interior de São Paulo, ao menos 71 cidades já anunciaram que não irão realizar a celebração. Entre elas, estão Botucatu, Sorocaba, Mogi das Cruzes, Poá e Suzano. Também foi cancelado o tradicional carnaval de São Luiz do Paraitinga, que leva multidões às ruas. Será o segundo ano consecutivo que o evento não ocorrerá nesses municípios.

O promoter Diego Mortatti, responsável pela folia das principais celebridades e famosos, assina diversos eventos e festivais no país e observa que o primeiro Carnaval pós-pandemia tende a ser um evento histórico, cuja expectativa é a maior em muitas décadas. “Por isso, é necessário trabalhar para garantir que o festejo, tão especial e único, ocorra conforme o esperado, observando todas as medidas sanitárias”. 

No dia 10 de novembro, o Brasil atingiu a marca de 137,3 milhões de habitantes com esquema vacinal completo contra a Covid-19, segundo levantamento do CVI (Consórcio de Veículos de Imprensa), o equivalente a 64,6% da população. 

Como será o primeiro Carnaval pós-pandemia?

Segundo Diego Mortatti, como já é tradição, o Carnaval deve ser festejado de diferentes formas nas várias regiões do Brasil, que é um país continental, com história, ritmos e costumes singulares. “Estamos ansiosos para a retomada do Carnaval de Recife, que possui o maior bloco carnavalesco do mundo, o Galo da Madrugada e esperamos, mais do que nunca, voltar a encher os camarotes da Sapucaí, no qual será responsável pelo mailing de artistas e celebridades. Após um ano marcado pela pandemia, temos que celebrar a vida”. 

Por outro lado, de acordo com Mortatti, neste ano, um elemento deve estar presente em todas as festas do país: a observação às medidas de segurança. “É preciso ficar atento, pois em alguns pontos poderá haver a necessidade de apresentação do passaporte da vacina, entre outras recomendações, fundamentais para que todos possam se divertir com segurança, e para que o ‘liberou geral’ não seja um problema sanitário no futuro”, afirma.

Diego Mortatti destaca que, ao longo do período de paralisação, todo o universo do Carnaval procurou usar a criatividade e a inteligência para questionar e repensar a forma como os produtos serão consumidos pelo público.

“O Carnaval é uma festa imensa, que envolve muitas empresas e profissionais, como promoters de festas, escolas de samba, empresas de eventos, agências de turismo, cruzeiros, distribuidoras de bebidas, aluguel de banheiros químicos, fábricas de gelo, hotéis, pousadas e seguranças, apenas para citar alguns. Tenho certeza de que todos se prepararam ao longo dos meses e estão ansiosos com a retomada em 2022”, pontua.

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