A construção civil é um ramo muito significativo da economia brasileira. Em plena crise, o setor representa 10% do PIB brasileiro e emprega cerca de 10 milhões de trabalhadores. De diversas formas a união da contabilidade com a construção civil pode trazer não só vantagens estratégicas como financeiras.
A contabilidade é tradicionalmente uma atividade fundamental para o crescimento de muitos negócios. Mas a contabilidade estratégica unida ao ramo da construção civil vem se mostrando um meio cada vez mais relevante e rentável para o setor. Gabriel Capano, CEO da HubCount, empresa que desenvolve tecnologia de dashboard contábil para construção civil, diz que "o uso de uma ferramenta da BI Contábil traz para a empresa do ramo de construção civil um maior nível de competitividade que pode ser revertido em melhores resultados financeiros para o negócio".
Segundo Capano, "Dashboard contábil é uma tela de um software ou ferramenta digital que reúne diferentes informações e dados gerados pela plataforma e mostra um resumo da movimentação do seu projeto dentro daquele cenário".
No caso da construção civil, o dashboard contábil, através de uma ferramenta de BI (sigla para "Business Inteligence"), pode resumir e reunir em uma única tela todas as informações referentes à saúde financeira do negócio, com indicadores, gráficos e relatórios.
O setor ainda possui uma crença de resistência à adoção de novas tecnologias e superar o status quo do resultado através do modelo tradicional, sem uso de tecnologia. Parte desse comportamento vem da resistência de investimentos em um setor que tem um ciclo produtivo longo. Uma obra pode levar anos para ser concluída, assim o ROI do investimento em tecnologia é mais difícil de ser mensurado.
Porém, através de soluções SaaS ("software as a service" ou "software como um serviço" em tradução livre) o custo da tecnologia é significativamente menor através de um modelo de assinatura mensal, o mesmo formato de cobrança de empresas como Netflix, Spotify, entre outras.
Quanto mais o setor da construção civil demora para se desenvolver tecnologicamente, mais limitada é a produtividade das obras e a competitividade das empresas. Essa falta de investimento fez com que o Brasil sofresse uma queda de quase 30% no PIB da construção civil, entre os anos de 2014 e 2018.
A utilização de uma ferramenta de BI poderia ter contribuído para um impacto menor nessa queda. Essas ferramentas conseguem trazer um retrato claro sobre a saúde contábil da empresa, além de gerar preciosos gráficos e informações.
"Munido de indicadores e gráficos detalhados, o contador consegue verificar e discutir pontos fortes e fracos que foram observados, e em conjunto com o empresário da área, fazer uma análise crítica de pontos, que possivelmente, este mesmo empresário nunca teve antes tanta clareza em entender. Isto, por si só, aumenta a ligação do profissional contábil com o empresário de construção civil, podendo levar a empresa para outros rumos de sucesso", afirma Capano.
A inovação deve ser interpretada como muito mais do que um custo para o negócio, mas sim como um investimento, incorporando a inovação e tecnologia como uma vantagem competitiva para o negócio.