15/09/2021 às 10h14min - Atualizada em 21/09/2021 às 11h20min

Fundo criado para diminuir as desigualdades regionais da América Latina aprova nova forma de associação

O Fundo Latino-Americano de Reserva (FLAR), em sua reunião extraordinária, aprovou um mecanismo de associação menos dificultoso aos países latino-americanos que queiram fazer parte de seu quadro de membros.

DINO
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Mapa da América Latina


Não é de hoje que as dificuldades econômicas dos países da América Latina vêm ganhando espaço nos jornais ao redor do mundo. Para dar conta das demandas, de países como Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, de contar com uma instituição financeira própria que permitisse resolver os problemas econômicos derivados do setor externo, em 1978 foi criado o atual FLAR (Fundo Latino-Americano de Reservas). Na época criado como Acordo de Financiamento Regional (AFR), o FLAR se tornou o segundo maior acordo de financiamento do mundo.

Porém, não apenas os países citados anteriormente necessitam de um fundo internacional. Recentemente Uruguai, Paraguai e Costa Rica, foram inseridos, ampliando o alcance regional do fundo de reservas. Os três países, para se associarem, necessitaram passar por um processo mais dificultoso, onde deveriam ter aprovação do congresso e do executivo.

Entretanto, em 12 de julho de 2021, a Assembleia de Representantes do Fundo Latino-americano de Reservas (FLAR), aprovou de forma unânime a criação de um mecanismo complementar de vinculação ao FLAR, estabelecendo uma nova categoria de membro denominada “Banco Central Associado”.

Sendo assim, os novos membros do FLAR poderão ser de duas categorias: i) a opção atual de membros plenos, para países que aderem ao Convênio Constitutivo e ii) a modalidade de bancos centrais associados, através de um acordo de vinculação aprovado pela Diretória e a Assembleia do FLAR.

O presidente executivo do FLAR, José Darío Uribe, expressou: “é uma decisão transcendental que esperamos que contribua para a ampliação da associação do FLAR e fortaleça a rede de segurança financeira da região”.

Sob a nova modalidade, os bancos centrais da região poderão se vincular diretamente ao FLAR com aportes ao patrimônio da instituição. E poderão ter acesso às modalidades de apoio financeiro que o FLAR oferece aos seus membros e participar nos seus órgãos de administração.

Na Diretoria, formada pelos presidentes dos bancos centrais, serão membros com voz e terão voto quando o seu aporte ao capital do FLAR for de no mínimo USD 250 milhões. Também poderão participar com voz na Assembleia de Representantes, formada pelos ministros da fazenda ou finanças dos países membros.

Em 2014 o Cepal assegurou que se Argentina, Brasil, Chile, México e Paraguai ingressassem no FLAR, mantendo a lógica atual de contribuições, o fundo ampliado alcançaria um valor de quase 9 bilhões de dólares, o que equivale a 1,4% do acervo total de reservas internacionais dos doze países.

Atualmente, o FLAR está constituído pela Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Espera-se que esta nova modalidade promova a incorporação de novos membros. Isto apoiaria o propósito de fazer do FLAR o acordo financeiro regional de maior alcance e relevância para América Latina, e aumentaria a capacidade de assistência financeira aos seus membros atuais e novos.



Website: https://flar.com/
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