A pandemia, o desemprego e o aumento da inflação têm fragilizado ainda mais a situação financeira de milhares de pessoas no Brasil. Com a taxa de desemprego em 14,6% no primeiro trimestre de 2021, são 14,795 milhões de desempregados, de acordo com o Instituto de Geografia e Estatísticas (IBGE).
No primeiro trimestre, a renda média do trabalhador foi de R$2.547,00 e representa queda de 3,2% em relação a igual período do ano anterior.
Segundo o IBGE, desde o início da pandemia, o preço dos alimentos aumentou 15% no Brasil. Com o desemprego e altos preços dos produtos da cesta básica, como arroz, feijão, óleo de soja e o gás, as necessidades da população são cada vez maiores, e muitas famílias dependem da ajuda de instituições para se alimentar.
Criada por empreendedores e empresários cristãos preocupados com o avanço da fome no país, a Associação Semeadora planejava, inicialmente, a coleta e distribuição de cestas básicas, a exemplo do modelo de distribuição de várias entidades e iniciativas assistenciais do país. O prolongamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil, porém, obrigou a Associação a ampliar suas atividades.
Com ações de combate à fome nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pará, somente na última semana de agosto foram coletadas e entregues 8 toneladas de alimentos em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. No local foram realizadas oficinas de panificação para produção e distribuição de pães para comunidades carentes.
Além da distribuição de cestas básicas, a Associação Semeadora está incentivando e auxiliando as comunidades a desenvolverem suas próprias habilidades para suprir a fome, como a criação de minipadarias para distribuição de pães aos necessitados nas regiões mais vulneráveis.
Para o fundador da Associação Semeadora, Arthur Machado, é importante a atividade assistencial, mas é impossível não mudar o planejamento para encarar o agravamento da situação econômica no país. “A crise atinge de forma mais acentuada as camadas mais vulneráveis da população. A paralisação de atividades e o aumento do desemprego, provocaram a fragilização de milhões de famílias que hoje não encontram maneiras de cumprir o mínimo necessário para a alimentação”, disse Arthur Machado.
Além da formação em panificação para membros das comunidades atendidas pelo projeto, a Associação Semeadora pretende capacitar pessoas vulneráveis em outras atividades, incentivar a educação e profissionalização que resulte em renda para as famílias.