11/08/2021 às 13h15min - Atualizada em 11/08/2021 às 14h20min

Hospitais com Acreditação Canadense envolvem e capacitam população na pandemia

Florianópolis, única cidade do país que registrou 15 dias sem mortes por COVID-19, tem dois hospitais que praticam a excelência, acreditados pelo QMentum International

DINO
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Do dia 4 a 18 de julho, a cidade de Florianópolis não registrou nenhum óbito causado pela COVID-19. Foram 15 dias sem mortes no meio da pandemia mais grave dos últimos tempos que ainda assola o Brasil. O prefeito Gean Loureiro (DEM) afirmou que esses dados têm relações diretas com o fato de a imunização estar avançada – cerca de 72% dos moradores da ilha já tomaram pelo menos a primeira dose – e que o comportamento da população no geral é elogiável.

Outro fator que chama a atenção é que dois hospitais na capital de Santa Catarina são acreditados IQG QMentum: Hospital Baía Sul e o Hospital SOS Cárdio. Segundo dados levantados pelo próprio IQG – Health Services Accreditation, a maior instituição acreditadora da América Latina, o Brasil hoje tem 6.820 hospitais. Destes, 447 são acreditados e apenas 72 possuem a Acreditação QMentum, considerada o mais exigente processo de Acreditação no Brasil, modelo baseado na mais antiga metodologia mundial (Canadense - 1955) e mais moderna (HSO - Aliança Global Internacional).

De acordo com Rubens Covello, CEO do IQG, "hospitais acreditados tendem a ser melhores, não só para quem usufrui deles (funcionários e pacientes), mas também para toda a comunidade (familiares, cuidadores e todos os outros tipos de pessoas que acompanham os pacientes)".

Em pesquisa realizada pelo IQG sobre as consequências da pandemia, foi constatado que instituições que não adotam padrões de Acreditação foram mais afetadas por ela. Foram ouvidos 199 hospitais no período de março a junho de 2020 com análises nas dimensões de finanças, segurança e recursos humanos. A avaliação, feita em uma escala de 1 a 5, sendo 1 para o impacto mais baixo e 5 para o impacto mais alto, com danos catastróficos, mostrou que diferente de outros tipos de crise, todas as dimensões nos hospitais foram impactadas de alguma forma.

No entanto, foi menor nos hospitais que seguem padrões internacionais de gestão em todas as dimensões. Em relação à segurança, por exemplo, hospitais sem Acreditação Internacional têm média de 2,98, contra 2,86 daqueles que possuem Acreditação Internacional. Na parte de recursos humanos, os valores são de 2,97 contra 2,6; no impacto financeiro, a diferença é ainda maior: 2,63 contra 2,33.

Os 15 dias sem óbitos em Florianópolis inclusive tiveram relação direta com a atuação dos dois únicos hospitais acreditados no município. Covello analisou: “Hospitais acreditados trabalharam melhor a questão da pandemia, tiveram melhores resultados em relação aos pacientes internados e melhores resultados em relação à menor contaminação de funcionários. Isso porque eles têm um pensamento já baseado em processos, em protocolos de excelência e focam o paciente o tempo todo. Então fica muito mais fácil entender, discutir e até otimizar ações de contingência”. 

Os hospitais acreditados também ajudam na conscientização da população como um todo, pois eles atuam mobilizando e capacitando a comunidade em relação aos riscos que, porventura, poderão acontecer: assim foi com a COVID-19. Covello afirmou ainda que “um dos processos mais interessante do Qmentum é fazer trabalhar a comunicação e melhorar o entendimento da população como um todo em relação ao que ele acredita ser sério. Um destes fatores é a sensibilização em relação à imunização”.

Até o momento, pouco mais de 42 milhões de brasileiros foram totalmente imunizados pela vacina, representando quase 20% da população total. O levantamento é do consórcio de veículos de imprensa composto por G1, O Globo, Extra, Estadão, Folha e UOL.

 

 



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