Antes de comprar ou alugar um imóvel é fundamental checar as condições do local. Quem pensa que basta averiguar o atual estado dos materiais de acabamento da casa ou do apartamento está completamente enganado.
Tão importante quanto a estética é saber como estão as condições atuais da estrutura e das instalações. E a IFC/COBRECOM, que fabrica fios e cabos elétricos de baixa tensão, dá dicas importantes sobre o que deve ser averiguado com relação à instalação elétrica.
"Vale muito a pena investir em um checklist de segurança antes de fechar negócio. Para isso, é fundamental contar com o apoio de profissionais experientes que irão avaliar o estado de conservação do quadro de luz, dos fios e cabos elétricos, das tomadas e interruptores, dos disjuntores e dos dispositivos DRs, entre outros", revela Rosevaldo Toaliari, supervisor de desenvolvimento de produtos e processos da IFC/COBRECOM.
O profissional ainda esclarece que além da segurança da instalação, uma boa revisão dos componentes elétricos detecta qualquer eventual problema como a degradação e o aquecimento dos condutores elétricos, que podem resultar em aumento no consumo de energia e até mesmo curtos-circuitos.
O que deve ser avaliado
Todos os componentes da instalação elétrica (quadros de luz, fios e cabos elétricos, disjuntores, DRs, tomadas, interruptores, entre outros) devem ser analisados.
Vale lembrar que para a segurança do profissional que irá executar a tarefa, qualquer inspeção na rede elétrica de um imóvel deve ser realizada com a energia desligada.
Fios e cabos elétricos
É importante checar o estado da isolação dos fios e cabos e do cobre. Se a isolação estiver manchada, descolorida ou tiver qualquer outro sinal de desgaste e/ou se o cobre estiver escuro, oxidado, esverdeado ou sem brilho, é hora de trocar o condutor. Também deve ser avaliado se os fios e cabos estão firmemente conectados aos disjuntores e barramentos.
Quadro de distribuição (quadro de luz)
Segundo o professor e engenheiro eletricista Hilton Moreno, que também é consultor técnico da IFC/COBRECOM, o estado de conservação e a limpeza dos quadros de luz são determinantes para saber se haverá a necessidade ou não de uma atualização da instalação elétrica.
Moreno também explica que o excesso de sujeira, principalmente quando existe poeira metálica nos quadros, aumenta os riscos de incêndios e choques elétricos.
"Ao verificar um quadro de luz, o profissional deve checar itens básicos como ausência ou má fixação da porta, se há ou não a tampa interna ao quadro que evita que as pessoas toquem nos componentes elétricos, além de fazer uma análise minuciosa do estado de conservação dos condutores elétricos e das conexões, entre outros", completa.
Toaliari ressalta que também deve ser feita uma avaliação de como estão distribuídos os circuitos elétricos.
"A instalação deve ser distribuída por disjuntores e dividida por partes, ou seja, um circuito para cada chuveiro, outros circuitos para as tomadas e outros para iluminação, entre outros. E, dependendo do tamanho do imóvel, maior será a quantidade de circuitos que devem ser distribuídos", esclarece Toaliari.
Tomadas e interruptores
Também não devem ser esquecidos. O profissional deve avaliar nesses componentes se eles estão em bom estado de conservação, bem conectados e se os fios e cabos não estão degradados.
Chuveiros elétricos
Nesse caso é preciso olhar se a seção nominal dos condutores elétricos é a mais indicada para o aparelho, se há um circuito exclusivo para ele, se a sua rede está conectada a um DR e se as emendas dos fios ou cabos estão bem feitas e com fita isolante de qualidade ou conectores isolantes apropriados. A ligação do chuveiro elétrico nunca deve ser feita por meio de plugue e tomada.
Imóveis com mais de 20 anos merecem mais atenção
As instalações elétricas mais antigas possuem o envelhecimento natural dos materiais. Então, a atenção deve ser redobrada nesses casos.
Outro problema é que os aparelhos usados antigamente como os chuveiros tinham potências muito menores que os atuais e a troca por um modelo mais moderno sempre resulta em aquecimentos excessivos dos condutores, quedas constantes da rede, fugas de corrente, entre outros.
Além disso, eram poucos os imóveis que tinham máquinas de lavar louças, micro-ondas, aparelhos para climatizar o ambiente, freezers, entre outros.
De acordo com Toaliari, eletrodomésticos modernos em imóveis antigos provocam desarmes constantes dos disjuntores, aquecimento da rede elétrica e um maior consumo de energia elétrica a cada mês.
"Além da avaliação citada acima, deve ser feito um estudo de adequação da instalação, na qual é feito um levantamento de cargas que indica o que deve ser atualizado. Geralmente, em imóveis com mais de 20 anos, é preciso fazer novo dimensionamento da instalação e uma troca quase que completa dos componentes", afirma Moreno.
Toaliari lembra que não deve ser feita qualquer tipo de improvisação, pois os resultados serão as sobrecargas na rede que podem provocar curtos-circuitos e incêndios, além de riscos de choques elétricos e queimaduras.
Outras dicas da IFC/COBRECOM:
1- Deve ser verificado se no quadro de distribuição há disjuntores divididos por circuitos elétricos de iluminação, chuveiros, tomadas, entre outros;
2- Os constantes desarmes de um ou mais disjuntores é sinal de que há alguma anormalidade, como circuitos elétricos com sobrecarga ou curto-circuito;
4- É preciso conferir se a quantidade de tomadas em cada ambiente é suficiente. Caso contrário, será preciso criar novos pontos para evitar a utilização de benjamins e extensões que podem sobrecarregar o circuito elétrico e provocar incêndios.
Importante!
Se a instalação elétrica do imóvel estiver em perfeitas condições, o negócio pode ser fechado tranquilamente. Mas, é recomendado realizar a revisão da instalação elétrica a cada cinco anos, mesmo que o local não tenha sofrido qualquer tipo de problemas com a rede elétrica.
IFC/COBRECOM: (11) 2118-3200 - 0800-7023163