02/08/2021 às 10h07min - Atualizada em 02/08/2021 às 11h20min

Expansão positiva do Home Office incentiva setor empresarial a implementar modalidades de trabalho mais flexíveis

O Home Office tornou-se uma modalidade de trabalho do futuro, veio para ficar e já é tida como diferencial competitivo entre empresas que buscam contratar e reter talentos

DINO
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Mais flexivo e colaborativo, o sistema de trabalho Home Office vem se estabelecendo cada vez mais nas organizações, segundo uma pesquisa realizada em janeiro de 2021 nos Estados Unidos. Mostrou que 44% das pessoas que atualmente trabalham de casa desejam continuar, 39% responderam que preferiam retornar ao escritório e 17% disseram que queriam continuar trabalhando remotamente por causa do novo coronavírus. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no Brasil 11% dos trabalhadores ativos exerceram suas atividades profissionais de forma remota. 

Com o advento da pandemia da covid-19, mudanças foram realizadas em vários setores e uma delas foi a adaptação trabalhista e a reinvenção empresarial com a adoção do trabalho remoto, afirma Sheilla Maria de Oliveira Passos, graduada em Administração de Empresas. “Tudo ocorreu para que as empresas continuassem relevantes e atuantes, ao mesmo tempo em que atendiam às recomendações da vigilância sanitária e da OMS (Organização Mundial da Saúde) visando à segurança de seus funcionários, que foram obrigados a adotar o Home Office para continuarem no mercado”, declara Sheilla.

Com o avanço acelerado da tecnologia, diz a administradora de empresas, o trabalho remoto se estabeleceu como o único e possível meio de manter o negócio em pleno funcionamento, porém, sem a limitação física, e o termo globalização passou a fazer parte do quadro de colaboradores. Ela observa que o Home Office permitiu que as organizações do mundo pudessem expandir a busca por novos profissionais e novos talentos.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2020, 74 milhões de brasileiros estavam trabalhando no país e, dentre eles, 8,2 milhões atuavam na modalidade Home Office .  

Passos explica que o trabalho remoto, antes restrito ao ambiente físico corporativos, permite que profissionais brasileiros possam atender a empresas cada vez mais multiculturais (de qualquer nacionalidade), “um desafio administrativo sem precedentes”. A profissional também avisa que administrar recursos, sejam humanos ou financeiros, já era um desafio quando era limitado ao território nacional, agora, tem-se que lidar com pessoas, processos e projetos desenvolvidos globalmente. “Empresas Norte-Americanas ou Europeias viram no Home Office uma oportunidade de reduzir um problema que tem enfrentado há décadas: a ausência de mão-de-obra qualificada”, relata Sheilla, com conhecimento na área comercial e de negócio (nacionais e internacionais) e no mercado de agência de publicidade.

Conforme a especialista, o mesmo motivo que tornou a administração um desafio, também a tornou parte da solução. Os colaboradores, os processos e os projetos são atendidos vinte e quatro horas por dia de qualquer parte do mundo. As reuniões são on-line e são feitas através de ferramentas como, por exemplo, Zoom, Teams ou Skype, por possibilitarem ser acessadas de qualquer lugar com acesso à internet, permitindo gravação de todo o conteúdo. Ela também menciona que os papéis, que sempre foram um problema administrativo por questões de armazenamento e segurança, agora foram substituídos por versões virtuais, com assinaturas e validações digitais, podendo ser armazenado por décadas.

Segundo a pesquisa da PwC, 54% dos funcionários entrevistados ​​em todo o mundo considerariam deixar o emprego se não tiverem alguma forma de flexibilidade em termos de onde e quando vão trabalhar. Pouco mais de 75% desse mesmo grupo disseram estar satisfeitos com seus empregos, indicando que até mesmo funcionários satisfeitos estão dispostos a pedir demissão se seus empregadores não aceitarem um certo grau de trabalho remoto.

Com o Home Office , a administradora esclarece que a administração empresarial foi obrigada a evoluir. “Não há dúvida, o administrador continuará tendo relevância no planejamento e concretização de todos os novos processos adventos desse novo normal, com mudanças e adaptações até mesmo na pós-pandemia”, conclui Sheilla Passos, com experiência em condução de estratégias no meio corporativo, relacionamento interpessoal, motivação e liderança, contratação e gerenciamento de pessoas e em liderança com foco na resolução de problemas internos e externos.



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