Já é dada como certa a vitória de Joe Biden (Democratas), elegendo-o ao posto do 46º presidente dos Estados Unidos da América. Isso porque Biden obteve até o momento, 290 delegados no colégio eleitoral, 20 acima dos 270 necessários para se eleger presidente.
Como as eleições nos EUA não são pelo voto direto, a exemplo do que acontece no Brasil, o presidente só é declarado eleito após a votação dos delegados, o que acontecerá dia 14 de dezembro deste ano e então tomará posse no dia 20 de janeiro de 2021. Contudo, o voto popular é quem elege esses delegados e, embora em diversos estados eles possuam a liberdade de escolher seu voto, não há registro histórico de alteração no resultado final das eleições com os ditos "traidores".
Uma das principais plataformas de Biden, a preocupação com o meio ambiente e aquecimento global, pode trazer alguns benefícios ao Brasil, em setores como o agronegócio e a geração de energia limpa. Fora isso, de acordo com declarações do provável futuro presidente americano, como ele mesmo declarou, "começaria imediatamente a organizar o hemisfério e o mundo para prover US$ 20 bilhões para a Amazônia, para o Brasil não queimar mais a Amazônia". Ainda ressaltou que após a ajuda, caso persistisse o desmatamento na região, o país sofreria significativas restrições econômicas.
Fato que as palavras de Biden caíram como uma bomba no Palácio do Planalto, causando uma resposta revoltada e imediata do presidente Jair Bolsonaro em suas redes sociais, que classificou o episódio como desastroso e lamentável, uma vez que sentiu ameaçada a soberania nacional, em relação à assuntos referentes a Amazônia Brasileira.
Para o empresário José de Moura Teixeira Lopes Junior, que atua em projetos logísticos de alta complexidade na região, um dos grandes benefícios que poderia haver é o incentivo à geração de energia limpa e a preservação da floresta. Mourinha, que é manauara, ainda ressalta que "foi uma ótima escolha em sua vice, Kamala Harris, pela representatividade de uma mulher negra, em um posto de destaque no governo e, principalmente, pelo histórico de Harris, no enfrentamento aos grandes bancos, no apoio aos trabalhadores e na proteção de mulheres e crianças contra o abuso". Moura Junior ainda complementa, "acredito que será uma vice-presidente com grande protagonismo, não só na América, mas no mundo inteiro".
Nestor Forster Junior, embaixador brasileiro em Washington, afirmou recentemente que independente de quem vença, a relação entre os dois países deve permanecer inabalada.
Não existe histórico de hostilidade entre os dois países e muitos especialistas afirmam que o "futuro presidente", deve focar na China seus esforços de política externa, visando proteger o continente da influência do país asiático.
A expectativa para ambientalistas, agrônomos e o próprio mercado, é que Joe Biden, empossado presidente, retorne o EUA para a OMC (Organização Mundial do Comércio), ao Acordo de Paris, que traça metas globais para a preservação ambiental e a questão da Amazônia, que pode trazer mais recursos ao Brasil; resta agora aguardar a votação final nos próximos dias, onde o democrata poderá então consolidar e comemorar sua vitória.