O verão é um período comumente marcado por viagens de férias devido às altas temperaturas e férias escolares, e o setor de turismo vem mostrando retomada gradual de suas atividades, segundo taxa medida pelo Governo Federal, por meio do IBGE. Os dados são otimistas, mas viajar ainda requer cuidados, de acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Seja em um trajeto mais curto de carro ou para visitar um destino mais distante, o alerta é para a importância de manter uma rotina de proteção com passos simples de desinfecção que ajudam o turista a ter dias mais tranquilos. “Quando viajamos, estamos propensos a deixar nossa zona de conforto para encarar ambientes compartilhados, como banheiros públicos e quartos de hotel. Precisamos estar atentos à possível presença de inimigos invisíveis que podem infectar nosso organismo, pois são locais que desconhecemos o histórico de limpeza. Nessas situações, a higienização é indispensável”, destaca o médico Marcelo Otsuka, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Atento às necessidades do consumidor, o setor de itens de limpeza e desinfecção vem apresentando produtos que atendam esse tipo de demanda. E algumas marcas, como Lysoform, produzida pela SC Johnson, também acompanha algumas necessidades do mercado e possui um portfólio de produtos em diversos formatos, inclusive em tamanho portátil para uso diário ou em viagens.
De acordo com Otsuka, uma medida prática é levar na bolsa ou mochila um pacote de lenços desinfetantes que são descartáveis e podem ser usados para desinfetar assentos do vaso sanitário e até as maçanetas de banheiros compartilhados, eventualmente usados durante as viagens, como os de avião e rodoviária, ou em locais como restaurantes e atrações turísticas, minimizando os riscos de contrair infecções por vírus e bactérias.
Outra situação que é preciso atenção são viagens com bebês e crianças pequenas, que acabam brincando no chão e podem levar microrganismos à boca por meio das mãos ou até mesmo por meio de brinquedos que costumam brincar, morder ou compartilhar. “Evitar entrar com sapatos sujos da rua no quarto de hotel ou casa de veraneio e desinfetar as bandejas de avião, que as crianças muitas vezes usam para apoiar brinquedos, são medidas simples e que podem trazer proteção à saúde dos pequenos”, indica o médico. “Limpando a sola dos calçados, evita-se que microrganismos sejam transportados da rua para o chão do quarto, que as crianças usam para brincar”, acrescenta Otsuka.
A retomada de viagens é também refletida no setor hoteleiro, e, como ponto de atenção, Marcelo Otsuka entende que a acomodação é responsável pela higienização do local mas alerta turistas sobre a importância de pensar na saúde e bem-estar e, sempre que possível, minimizar qualquer risco que atrapalhe a diversão durante as férias. “Se o colchão do local estiver com bolor, por exemplo, pode haver risco de quadros alérgicos, mesmo que a fronha ou lençol estejam limpos. Mais uma vez, podemos usar um desinfetante spray para matar fungos ou qualquer microrganismo que esteja no colchão antes de cobri-lo novamente com a roupa de cama”, orienta Otsuka.
Ainda segundo o médico da SBI, outro cuidado é em relação à mala de viagem, que, muitas vezes, é apoiada em cima da cama quando chegam ao quarto, podendo transferir sujeira para o local em que o viajante irá dormir. “Como a mala foi manuseada por diferentes pessoas, armazenada em compartimentos nem sempre limpos e passou por ruas e superfícies sujas, caso ela seja de rodinha, recomendo usar desinfetante em formato spray ou lenço para fazer a higienização da bagagem e minimizar a proliferação de bactérias indesejáveis. Esse cuidado é bem importante mas muitas pessoas ficam desatentas a isso”, acrescenta Otsuka. “Outra dica é usar esse tipo de produto para limpar as malas por dentro, antes mesmo de viajar, já que costumam ficar sem uso por um longo tempo e podem apresentar mofo, já que é um ambiente pouco ventilado também e se mantém fechado por muito tempo”, finaliza o médico.