01/10/2021 às 17h25min - Atualizada em 01/10/2021 às 18h20min

Ansiedade e depressão influenciam no aumento de peso, revelam estudos

Especialista explica como esses distúrbios impactam no gerenciamento do peso e dá dicas sobre autocuidado e controle das emoções

DINO
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A ansiedade e a depressão podem afetar diversos aspectos da vida, contudo, a pandemia mostrou que esses transtornos também resultam no ganho de peso. Conforme uma pesquisa do Instituto Ipsos realizada com 22 mil pessoas de vários países, 31% dos participantes assumiram que engordaram desde o início da quarentena. No Brasil, o índice chegou a 52% de acordo com o relatório.

Segundo a psicóloga do Instituto de Medicina Sallet, Bianca Godoy, o aumento de peso pode ocorrer por diversas razões, seja por intensos quadros de estresse, que podem elevar os níveis de cortisol (hormônio do estresse) e grelina (hormônio da fome), seja pela privação do sono, pelo sedentarismo, que incorre em um menor gasto energético, ou pela presença de outros fatores e doenças associadas.  

Segundo a profissional, que também é especialista em transtornos alimentares, uma das associações mais comuns nesse sentido é entre a obesidade e os quadros de compulsão alimentar. "Pesquisas apontam que 25% dos pacientes obesos apresentam esse transtorno. No entanto, pessoas não obesas também podem manifestar distúrbios alimentares que, dependendo do tipo e grau, podem evoluir para a obesidade”.

Reconhecendo as “emoções”

Estresse e ansiedade são expressões normalmente usadas para se referir à mesma condição, mas são diferentes. O estresse está relacionado a situações de nervosismo do dia a dia e ocorre de forma espontânea, enquanto a ansiedade se refere a quadros que costumam durar dias ou semanas, trazendo também sintomas físicos, como aumento de batimentos cardíacos, respiração mais ofegante, alterações no sono, dificuldades de concentração e mudanças no apetite.

“Pessoas com o perfil mais ansioso podem desenvolver episódios de compulsão alimentar, caracterizado pelo consumo impulsivo de alimentos. A relação com a comida vai além da questão emocional e o indivíduo se alimenta de forma descontrolada e sem planejamento. Desse modo, a inabilidade emocional e o consumo pelo prazer momentâneo somados à culpa são comportamentos transtornados que precisam de ajuda psicológica”, alerta a especialista.  

Já a depressão é definida pela Organização Mundial da Saúde como o transtorno mental mais frequente e comum do mundo, e que afeta a rotina das pessoas desde, a capacidade de trabalhar, dormir, estudar, como desfrutar a vida de modo geral. Conforme Bianca, a depressão pode ter como características diminuição ou aumento de apetite, estilo de vida menos saudável e mais sedentário, que diminui o gasto energético e, por consequência, contribui para o ganho de peso, além de também estar associada à compulsão alimentar.

Diagnóstico e autocuidado

Segundo um levantamento do Ibope, apenas 47% dos brasileiros reconhecem a depressão como um transtorno, o que deixa claro que o tema ainda é um tabu para metade da população. Conforme Bianca, pessoas com dificuldades de se relacionarem com a comida precisam de um diagnóstico e podem adotar dicas, como: aprender a diferenciar fome física de fome emocional; adiar por 15 minutos a “vontade” de comer; ampliar o repertório comportamental para lidar com as emoções; técnicas de distração como tomar banho, caminhar ou ligar para um amigo.

“Viver sem estresse ou preocupações é uma missão quase impossível e é nesse momento que entra o autocuidado, pois ele ajuda o ser humano de forma integral. Dessa forma, gerenciar as emoções com meditação e técnicas de respiração, ter um sono de qualidade, praticar atividades físicas de forma regular, desenvolver hábitos alimentares mais saudáveis e cultivar boas relações pode auxiliar no manejo do estresse. Procure a ajuda de um profissional de saúde caso esteja com sinais de alerta”, conclui. 





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