O Brasil deve registrar 400 mil óbitos por doenças cardiovasculares em 2021, o que corresponde a uma vida perdida a cada 90 segundos. Em 29 de setembro, Dia Mundial do Coração, o Grupo de Advocacy em Cardiovascular (GAC) promove a Campanha "Faça de Coração - Teste seu Risco Cardiovascular". A iniciativa pretende sensibilizar a população brasileira sobre as doenças e chamar a atenção dos brasileiros para os principais fatores de risco. As doenças do coração têm como principais fatores de risco a dislipidemia (colesterol e triglicérides elevados), hipertensão, o diabetes, o tabagismo e o sedentarismo.
A campanha digital, coordenada pela Colabore com o Futuro, em parceria com a IK Creative Branding, inclui a divulgação do vídeo Faça de Coração (https://www.youtube.com/watch?v=ys_5rgr7dCc), que incentiva a população a conhecer o seu próprio risco cardiovascular por meio do Teste de Risco Vascular, que pode ser acessado no link https://www.paho.org/cardioapp/web/#/cvrisk
Também como parte da campanha para o Dia Mundial do Coração, o GAC realizou uma enquete entre os deputados estaduais de São Paulo para chamar a atenção deles para o tema e saber o quanto eles e elas conhecem sobre as doenças cardiovasculares; 74,5% dos parlamentares completaram o questionário.
Entre os 70 deputados e deputadas que responderam, a maioria (68%) tem consciência de que as doenças do coração são a principal causa de mortalidade no país. Embora o colesterol seja, hoje, um dos maiores fatores de riscos para mortes causadas pelas doenças cardiovasculares, ele aparece em segundo lugar nos resultados da sondagem, com apenas 22,9% das opiniões sobre sua relevância. A maioria (62,9%) considera a hipertensão o principal fator de risco para o infarto.
Vale ressaltar que a diminuição do colesterol ruim reduz consideravelmente a mortalidade por ataque cardíaco. Segundo informações da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o excesso de LDL "causa doenças vasculares porque se deposita, sem dar sintomas, na parede interna das artérias e gradualmente vai formando uma placa chamada ateroma. Estes ateromas vão obstruindo gradualmente as artérias e podem acabar causando Infarto agudo do miocárdio e AVC".
Os parlamentares também foram questionados se as políticas públicas vigentes são efetivas para o manejo e controle das doenças cardiovasculares. 91% dos entrevistados reconhecem que as políticas atuais precisam ser melhoradas. "Este é o terceiro ano da campanha que realizamos com o GAC e os dados da enquete comprovam que está na hora de agir, e não apenas falar, para alcançarmos o atendimento adequado destes pacientes", afirma a cofundadora da Colabore com o Futuro, Carolina Cohen.
"Percebemos que a população, em geral, tem conhecimento sobre as doenças cardiovasculares, mas precisam fazer algo a respeito, evitando comportamentos que aumentam os riscos. O alerta, a prevenção e o tratamento adequados podem reverter essa grave situação", ressalta. Carolina destaca, ainda, que atualmente fala-se muito em hipertensão, mas outros fatores de risco como colesterol alto não têm o devido reconhecimento como sendo dos principais fatores de risco das doenças cardiovasculares. "Precisamos esclarecer e alertar a população", conclui.