​Morre Carlos Nelson Bueno, ex-prefeito de Mogi Guaçu e Mogi Mirim, aos 84 anos

   Faleceu às 3h da madrugada desta segunda-feira (2), aos 84 anos, o ex-prefeito de Mogi Guaçu (1973-76 e 1983-88) e de Mogi Mirim (2005-2012 e 2017-2020), Carlos Nelson Bueno. Ele enfrentava problemas de saúde desde que deixou a Prefeitura de Mogi Mirim e faleceu em sua residência, no Condomínio Morro Vermelho.
   O velório e o enterro estão previstos para ocorrerem nesta segunda-feira (2), no Cemitério Colina dos Flamboyants, no Morro Vermelho, na divisa entre Mogi Mirim e Mogi Guaçu, cidades onde se consolidou como um dos maiores líderes políticos da história. Além de sua atuação como prefeito, Carlos Nelson foi deputado estadual no início da década de 1980 e deputado federal por dois mandatos.
   Em Mogi Mirim, após transferir seu domicílio eleitoral, Carlos Nelson concorreu na eleição de 2000, quando Paulo Silva venceu, mas nos dois mandatos seguintes, de 2005 a 2012 e de 2017 a 2020, ele liderou uma gestão marcada por investimentos robustos na cidade. Sob sua administração, Mogi Mirim ganhou a Fatec (Faculdade de Tecnologia), os apartamentos do Linda Chaib, novas avenidas, e uma estrutura pública ampliada com novos postos de saúde e escolas. Sua gestão austera sempre garantiu recursos em caixa para seus sucessores.
   Em Mogi Guaçu, Carlos Nelson deu início a uma nova era de desenvolvimento, priorizando obras de infraestrutura que foram fundamentais para o crescimento da cidade, tornando-a a maior da microrregião.
   Durante seu primeiro mandato na década de 1970, Carlos Nelson Bueno foi crucial para o aprimoramento do plano diretor de Mogi Guaçu, o qual ele próprio ajudou a projetar. Suas mudanças significativas no sistema viário transformaram a mobilidade urbana da cidade, tornando-a mais acessível e organizada. Sua gestão também priorizou o sistema de água e esgoto, garantindo que a cidade estivesse preparada para o crescimento populacional que viria nas décadas seguintes.
   Na década de 1980, em meio a uma das piores crises econômicas enfrentadas por Mogi Guaçu, Carlos Nelson retornou à prefeitura. O período foi marcado pela falência de várias cerâmicas, que até então sustentavam a economia local.
   Demonstrando visão e liderança, Carlos Nelson conduziu a cidade por uma fase de diversificação econômica, incentivando o crescimento do setor metalúrgico e outras indústrias, o que resultou em uma base econômica mais robusta e menos dependente de um único setor.
   Seu legado em Mogi Guaçu também é marcado pelas obras de infraestrutura que colocou em prática. Priorizar a infraestrutura urbana foi uma de suas diretrizes, e essa visão foi seguida pelos seus sucessores, consolidando a cidade como a maior da microrregião. Suas políticas e projetos contribuíram para preparar Mogi Guaçu para o futuro, mantendo-a competitiva e atrativa para investimentos.
    Além de sua atuação como prefeito, Carlos Nelson Bueno também desempenhou papéis importantes na administração pública estadual e federal. Ele ocupou cargos de direção em autarquias e estatais como o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), a Cesp (Companhia Energética do Estado de São Paulo), e o IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), ampliando sua influência e capacidade de trazer recursos e projetos para Mogi Guaçu.
   O legado de Carlos Nelson Bueno em Mogi Guaçu vai além das obras físicas; ele é lembrado como o líder que iniciou uma nova era de desenvolvimento para a cidade, transformando-a de uma “Capital Cerâmica” em uma cidade com uma economia diversificada e em crescimento.
A família deve realizar o velório e sepultamento no Colina dos Flamboyants, cemitério que foi criado pelo próprio Carlos Nelson Bueno no início dos anos 2000. Foi também graças a ele que surgiu a rádio Nova Onda FM. Com informações: Portal da Cidade Mogi Mirim