26/05/2021 às 08h06min - Atualizada em 26/05/2021 às 08h06min

Batizada de P.4, nova variante do coronavírus é identificada em Itapira

Nova cepa já foi encontrada em amostras de outros 21 municípios do Estado de São Paulo

Uma nova variante brasileira do coronavírus, a P4, foi identificada circulando em municípios no interior de São Paulo entre elas em Itapira (Foto Divulgação)
A Sociedade Brasileira de Virologia (SBV) confirmou nesta terça-feira (25) a identificação de uma nova linhagem brasileira de coronavírus, a P4. Batizada como P.4, por derivar da mesma linhagem que deu origem à P.1, identificada inicialmente em Manaus, a nova cepa já foi encontrada em amostras de outros 21 municípios do Estado de São Paulo. De acordo com a SBV, a variante apresenta a mutação L452R na proteína S do SARS-CoV-2. Ainda não há informações se a nova linhagem é mais transmissível ou mais letal que as demais.
Segundo a SBV, a nova variante tem circulado em Itapira, Mococa, Caconde e também na região de Porto Ferreira, Descalvado, Itirapina, Capão Bonito, São Miguel Arcanjo, Itapetininga, Iperó e Cesário Lange.
O estudo de identificação, fomentado pela Rede Corona-Ômica da RedeVírus do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação foi realizado pelo Instituto de Biotecnologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Botucatu; Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Unesp de São José do Rio Preto e Laboratório de Pesquisa em Virologia da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto.
Também participaram da pesquisa a Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp de Araraquara e a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (USP), campus de Pirassununga.
Pesquisadores afirmam que a P.4 apresenta alterações similares à B.1.617, identificada inicialmente na Índia. É a mesma mutação em uma região importante do vírus, também encontrada na variante indiana, apesar de elas não estarem relacionadas, e que causa uma redução no reconhecimento do vírus pelos anticorpos.
Eles frisam que ainda é cedo para afirmar se a P.4 é mais transmissível ou letal do que o vírus original, e afirma também que, até o momento, as vacinas disponíveis já apresentaram alguma eficácia contra as variantes descobertas. O objetivo é identificar as mutações no começo e tentar evitar que essa variante esteja no mundo inteiro, como aconteceu com a P.1.
 

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