26/05/2021 às 07h50min - Atualizada em 26/05/2021 às 07h50min
Amigos se mobilizam para provar inocência de Emiliano
Amigos de Emiliano Bezerra promoveram um movimento no último final de semana contra a sua condenação na Justiça. Recentemente, Emiliano foi condenado a um ano de prisão por um crime de estupro, mas os amigos alegam que ele é inocente. Por isso, fizeram uma carreata pela região dos Ypês e também coletaram assinaturas para um abaixo assinado virando tirá-lo do CDP (Centro de Detenção Provisória) Pinheiros, em São Paulo, onde cumpre a medida de segurança. Emiliano foi declarado insano e deveria estar cumprindo a medida num Hospital de Custódia.
O advogado Paulo Sabino, que ingressou agora na defesa de Emiliano, esteve segunda-feira (24) na 5ª Vara do Fórum da Barra Funda, onde tramita a execução penal, para tentar tirá-lo do CDP Pinheiros. Segundo o defensor, Emiliano foi condenado a um ano por absolvição impropria, isto é, quando o réu é declarado insano pela Justiça.
Por isso, deveria ter sido levado para um Hospital de Custódia. Como não tinha vaga, foi encaminhado para o CDP de Pinheiros, numa ala para insanos. Por entender que não se trata de local adequado para Emiliano, ele peticionou para que Emiliano ficasse em prisão domiciliar até a abertura de vaga no sistema hospitalar.
O pedido foi indeferido, já que a Justiça determinou a imediata remoção de Emiliano para uma unidade de Hospital de Custódia - há em Franco da Rocha e em Taubaté. Sabino vai aguardar o tramite legal desse procedimento. Se Emiliano continuar no CDP Pinheiros, o advogado vai entrar com um pedido de Habeas Corpus.
“A prioridade no momento é tirar o Emiliano do CDP Pinheiros. Depois, é pedir uma revisão processual, porque o mérito da condenação é discutível. Há muitas falhas no processo, ele foi condenado mais por não ter tido uma defesa adequada do que pela culpabilidade. Prazos não foram cumpridos, pessoas o acusaram sem prova, uma condenação com base em prova oral e o exame de corpo de delito foi negativo”, disse.
“Ele vive assim há 40 anos e nunca teve nada contra ele. Pode viver em sociedade normalmente”, frisou Sabino.