Com 35 mil academias de ginástica, o Brasil é o segundo país com o maior número de unidades do gênero, logo atrás dos Estados Unidos, com cerca de 40 mil, segundo dados da IHRSA (International Health, Racquet & Sportsclub Association). Apesar de expressivo, o número representa apenas uma parte do setor fitness, que interage com startups de saúde, como sports techs, food techs e health techs. O número de empreendimentos do gênero aumentou 16,1% no país entre 2019 e 2022, de acordo com a Startup Scanner.
Segundo o levantamento, realizado pela ferramenta da Liga Ventures com o apoio estratégico da PwC Brasil para o mapeamento de startups brasileiras, há 136 sports techs, 422 food techs e 440 health techs cadastradas na base da Scanner.
Rodolfo Freitas, sócio-diretor da Bodyhiit, avalia de forma positiva o avanço das startups de saúde no Brasil. Para ele, esse aquecimento pode refletir em um maior cuidado com o bem-estar por parte da população brasileira.
“O avanço acelerado das startups contribui significativamente para o fortalecimento do setor fitness, pois um serviço complementa o outro”, afirma. “Com o aumento da demanda de pessoas conscientes, e em busca de saúde, tanto o mercado das startups de saúde quanto o mercado de academias serão beneficiados”, diz ele.
Na análise de Freitas, há um cenário propício no Brasil para que as startups de saúde cresçam ainda mais nos próximos anos no mercado.
“O avanço dessas startups está só no começo, ainda há muito para crescer. Prova disso, a cada dia que passa, as pessoas estão mais preocupadas com alimentação saudável, atividade física e prevenção da saúde em geral”, afirma. A busca por um estilo de vida mais saudável faz parte da agenda de 91% dos brasileiros este ano, segundo a pesquisa Global de Sentimento do Consumidor, realizada pela WW, em parceria com a Kantar.
De acordo com a sondagem, 65% dos participantes afirmaram que pretendem melhorar a saúde física e 63% devem investir esforços para a melhora da saúde mental e emocional em 2022. De forma paralela, um balanço da IHRSA mostrou que 57% das pessoas desejavam ter uma alimentação mais saudável.
Para o sócio-diretor da Bodyhiit, a pandemia de Covid-19 veio como um alerta para que as pessoas começassem a olhar para a saúde com mais atenção. Neste sentido, dados do relatório "O Consumidor Fitness na era da Covid", da IHRSA (International Health, Racquet & Sportsclub Association), indicam que os frequentadores de academia estão comprometidos com saúde e bem-estar.
Segundo o levantamento, mais da metade (58%) dos frequentadores de academias indicaram que pretendiam ser mais ativos fisicamente durante a crise sanitária e a maioria (57%) dos entrevistados esperavam se alimentar de forma mais saudável.
Para Freitas, os dados são claros: o momento é oportuno para todos os mercados que se relacionam com a área da saúde. “Os consumidores esperam coisas novas, querem sair da rotina e, cada vez mais, buscam por inovações ligadas à pauta”, conclui.
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