21/05/2021 às 10h13min - Atualizada em 21/05/2021 às 10h13min

​Falta de chuvas: situação na cidade contrasta com a realidade do país

     A falta de chuva neste ano já causa alerta entre os meteorologistas e especialistas hídricos do Brasil quanto ao impacto desse cenário na população. Os reservatórios das principais hidrelétricas do país, que ficam nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, que já sofrem com o baixo volume desde 2012, devem ficar ainda mais comprometidos.
     Isso porque, de acordo com o coordenador de projetos do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), José Cezar Saad, maio tem sido mais seco que o previsto, em meio a um ano que segue a mesma característica, com exceção de fevereiro que registrou um volume de precipitação um pouco acima da média. Por isso, o mês deve atingir no máximo 60% do volume de chuva previsto para o período, que é de até 35 milímetros.
     O reflexo disso seria para o próximo ano. Segundo Saad, se a seca persistir, e o volume de chuva do final de 2021 não atingir as expectativas, a previsão é que 2022 seja um ano crítico, com possíveis problemas de abastecimento.
     A preocupação é tamanha que o governo federal criou uma sala de crise e deu início à discussão de um plano de ações para preservar água nos reservatórios das principais hidrelétricas e, com isso, evitar o risco de escassez de energia.
    Essas ações começaram a ser debatidas por um grupo que inclui representantes dos ministérios de Minas e Energia, Desenvolvimento Regional e Infraestrutura, além de órgãos como Agência Nacional de Águas (ANA) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
    Mesmo diante desse cenário preocupante que atinge os principais reservatórios do país, a situação em Mogi Guaçu ainda é confortável. Apesar do baixo índice pluviométrico, o nível do reservatório do rio Mogi Guaçu está em 82%, o que para o Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto), não causa preocupação.
    Neste mês de maio, choveu até está quinta-feira (20) apenas 1,80 milímetros, bem abaixo dos 15 mm registrados em 2020 para o período de 20 dias, e de 22,90 mm em 2019, também nos primeiros 20 dias do mês. Além disso, o índice pluviométrico para o mês de abril também não foi nada animador. Foram apenas 12,70 mm de chuvas no mês passado. A última chuva volumosa aconteceu apenas no dia 18 de março, com 42,40 mm.
    Por conta disso, de acordo com a assessoria de comunicação da autarquia, a vazão é monitorada diariamente. E, no momento, está dentro da vazão normal para o período, que é de 7 metros cúbicos por segundo. E como a meteorologia prevê chuva para domingo (23), segunda (24) e terça-feira (25), a tendência é aumentar um pouco mais a vazão.
    Se a previsão de chuva se confirmar, o superintendente do Samae, Mario Zaia, estima que o reservatório atinja um nível de 85% a 90%. Portanto, Samae e Defesa Civil trabalham no momento num estado de observação, reforçando as orientações preventivas junto à população quando ao consumo consciente de água, principalmente nessa época de estiagem.

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