Os últimos dois anos foram responsáveis por promover muitas transformações nas relações entre as pessoas e as diferentes áreas de convivência e atuação que elas têm.
E isso, claro, também impactou a relação que as pessoas nutrem com seus corpos, seus hábitos e suas prioridades - e nesse sentido, a relação das pessoas com marcas, produtos e serviços também mudou.
Considerando que o comportamento do consumidor mudou rapidamente, a pandemia de COVID-19 fez com que o mercado precisasse se adaptar, de forma igualmente ágil, a todas essas mudanças, oferecendo cada vez mais opções personalizadas e dinâmicas para a nova realidade, para atender da melhor forma os diferentes perfis de consumidores e suprir suas necessidades.
Quais são as tendências para o ano de 2022 no mercado?
1. Tecnologia wearable - em outras palavras, "tecnologia vestível"
Quem usa (ou em algum momento usou) um smartwatch para monitorar seus batimentos cardíacos, os passos dados durante o dia ou as calorias perdidas no treino da manhã já faz parte desse movimento.
A ideia desses itens é oferecer para os consumidores experiências cada vez melhores ao utilizar um desses equipamentos, que acabam fazendo parte da rotina de muitas pessoas e são de muita utilidade em diferentes momentos do dia.
Estar conectado é uma necessidade cada vez mais real - seja para manter o controle de atividades no trabalho, casa ou nos treinos. E esses dispositivos fornecem cada vez mais meios para garantir isso. Dados da IDC Trakcer Brazil Wearables QI 2021 indicam que o segmento cresceu cerca de 145% no primeiro trimestre de 2021, apesar da pandemia.
Já existem esteiras que permitem realizar treinos com realidade aumentada, possibilitando, por exemplo, a possibilidade de correr olhando para belas paisagens.
Além disso, o mercado também tem apostado em roupas, mochilas e sapatos igualmente inteligentes, que podem tornar cada vez mais dinâmico o dia a dia das pessoas.
2. Saúde mental é prioridade
Entre as preocupações que a pandemia de COVID-19 imergiu, o cuidado com a saúde mental está entre as principais.
O distanciamento social e o isolamento, medidas importantes para conter a propagação de casos, também foram responsáveis por evidenciar a necessidade do cuidado com a saúde mental e a relação entre as pessoas.
Pesquisa realizada pela UNIFESP relacionou baixos índices de atividades físicas com o aumento de casos de ansiedade e depressão durante o período.
E, nesse sentido, a prática de atividades físicas dentro de casa ou em locais abertos se mostrou importante aliada para reduzir os efeitos da ansiedade e diminuir até mesmo risco de depressão nas pessoas durante esse período.
Com cada vez mais academias e educadores físicos oferecendo serviços híbridos e até mesmo 100% on-line, as pessoas passaram a ter mais acesso e se preocupar mais com a importância de levar uma rotina mais saudável para prevenir doenças - inclusive a COVID-19.
E isso pode ser atestado com dados que apontam que a prática de atividade física no Brasil aumentou no ano de 2020.
Portanto fica cada vez mais evidente a mudança de paradigmas relacionados ao entendimento da necessidade da prática de atividade física para muito além do senso comum, da busca por emagrecimento ou o padrão de corpos que está nas revistas e nas redes sociais.
3. Treinos em casa
Os treinos em casa também foram impulsionados nos últimos 24 meses, devido às restrições que se fizeram necessárias durante o período mais crítico da pandemia.
E, ao que tudo indica, eles vieram para ficar e fazer cada vez mais parte da rotina de milhares de pessoas - agora e também quando a pandemia, definitivamente, acabar.
Obviamente a procura por academias também tem aumentado com o afrouxamento das restrições - o que é excelente para que as academias apostem em oferecer experiências cada vez mais seguras e eficazes para seus clientes que estão retornando.
Muitas pessoas aderiram a professores e aulas on-line, o que é bastante útil para garantir o acompanhamento com profissionais qualificados e ter ganhos expressivos e duradouros com as atividades praticadas.
E quem começou a treinar em casa se empolgou em garantir um espaço fitness no conforto do lar para potencializar ainda mais os resultados: busca por compra de equipamentos e acessórios cresceu durante o período. De acordo com a Netshoes, alguns itens, como faixas e elásticos, tiveram crescimento de 2.500% na procura.
Além disso, a busca por aplicativos relacionados ao mundo fitness, seja para alimentação saudável ou cronograma de treinos com aulas gravadas ou ao vivo, também aumentou, e muito, durante o ano de 2020.
Isso mostra a importância das academiasse modernizarem a adotarem práticas de treinamento híbrido, que contemplam alunos que frequentam os espaços presencialmente e também as pessoas que, seja por quaisquer motivos, preferem adotar ao modelo on-line parcialmente ou em sua totalidade.
E isso é mais que uma tendência: de acordo com a Global Marketing Insights, o mercado fitness digital cresce 30% a cada ano e pode chegar a valer 30 bilhões de dólares em 2026.
Ao que tudo indica, de acordo com dados levantados por diferentes organizações que pesquisam comportamento do consumidor e o mercado fitness, muitas dessas tendências vieram realmente para ficar e não serão apenas modismos do momento.
Para Augusto Anzelotti, diretor comercial da Casa do Fitness:
"Essas novidades servem para nos mostrar, cada vez mais, que é importante se adaptar às novas demandas e oferecer experiências diferenciadas para as pessoas que desejam levar uma vida saudável onde elas estiverem e por meio da modalidade que preferirem. Quem busca constante inovação, apostando em novas tecnologias e formas de oferecer produtos e serviços acaba atingindo mais pessoas e crescendo mais rapidamente mesmo em momentos adversos."
Em resumo, são muitas novidades para ficar de olho durante o ano - e também para fazer apostas para o futuro e outras novidades que podem surgir por aí. E é importante que, para além de tendências do momento, a preocupação com a saúde e qualidade de vida seja a principal prioridade.