Segundo dados do Fonte Segura, a área de segurança privada brasileira possui um largo faturamento - somente em 2020, o setor movimentou R$ 35,7 bilhões. Outras informações sobre o assunto são trazidas no Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, publicado no segundo semestre deste ano. De acordo com os seus dados, o mercado de segurança privada possui 2.471 empresas no segmento.
Essas organizações são aquelas que possuem regulamentação e fiscalização, além de oferecerem serviços de segurança privada por meio de contratação. As empresas orgânicas, por sua vez, que possuem profissionais contratados de maneira direta, representam 1.154 do grupo. Já o volume de prestadores de serviço e profissionais contratados oscila a partir do tipo da empresa. Em especializadas, o número de prestadores está em 502.318. Já em orgânicas, 23.790.
Vigilância patrimonial
As informações coletadas mostram que uma empresa de segurança privada especializada possui um porte maior, possuindo, em média, duas centenas de pessoas. Já a orgânica possui duas dezenas, em média. Independentemente da sua natureza, as empresas estão mais focadas em vigilância patrimonial - o segmento representa 99,1% das atividades de empresas orgânicas. A vigilância patrimonial também é o objetivo de empresas especializadas, todavia uma segunda parte também possui foco em atendimentos de segurança pessoal, transporte de valores, escolta e outros.
Impactos da pandemia da Covid-19
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o ano passado foi difícil para a área de segurança privada - o setor de serviços, por exemplo, decaiu 4,5%. Em um comparativo, no ano de 2019, momento anterior à pandemia da Covid-19, as empresas especializadas contavam com 540.738 profissionais; e, nas orgânicas, esse número era de 24.425. Em 2020, por sua vez, as especializadas passaram a ter 520.179. Em contrapartida, em sinal de resiliência, em empresas orgânicas o número aumentou para 25.298 profissionais atuantes.
Em 2021, esses números também passaram por mudanças. As empresas especializadas possuem 502.318 profissionais, enquanto as orgânicas contam com 23.790 em organizações de segurança - um número alto, revelando que, apesar do momento pandêmico e suas reverberações, o setor é sólido para investimentos.
Informações sobre o setor
No setor de segurança privada brasileiro, a predominância é masculina - ao todo, 91% são homens; e 9% são mulheres, com idades que vão entre 30 e 49 anos de idade, em sua maioria. Para ser um vigilante, é necessário cursar um preparatório formativo na área de vigilância. O curso possui fiscalização da Polícia Federal e atesta a capacidade dos interessados em atuar no segmento. De acordo com a Polícia Federal e Associação Brasileira de Cursos de Formação e Aperfeiçoamento de Vigilantes (ABCFAV), mais de 900 mil profissionais estão prontos para trabalhar como vigilantes.