​Plano Municipal de Cultura é apresentado na Câmara

Representantes da Secretaria Municipal de Cultura e do Conselho Municipal de Cultura estiveram na sessão de terça-feira (16) da Câmara Municipal, para fazer a apresentação do Plano Municipal de Cultura. O conteúdo foi explanado de maneira bem sintética aos vereadores e deixado na Casa para que os parlamentares possam analisar e apresentar sugestões. 
A apresentação do plano foi aberta por Igor Rodrigues, presidente do Conselho Municipal de Cultura. Segundo ele, o material foi elaborado sob três pilares: memória, avanço e formação. “Preservar e identificar quem é o cidadão guaçuano, qual a cultura que temos; criar tecnologias sociais, entender que o mundo vai pedir que a gente avance com cultura digital, que a gente construa novas possibilidades de consumir arte e cultura dentro do município; e formar público, formar mão de obra qualificada, formar de fato o que apresentar para a população, formar como construir a cultura e o que vai consumir a cultura”, frisou.
O assessor de cultura Rodrigo Peguin explicou alguns tópicos mais específicos. Disse que uma das diretrizes do plano é inovar, formando demanda por meio da criação de tendências. Nesse sentido, destacou a importância das praças públicas para a ocupação da população pela arte e cultura. “A população recebe bem eventos culturas e pequenas alterações em praças publicas”, apontou.
Sobre a preservação da memória, Rodrigo lembrou que Mogi Guaçu tem histórico rico de patrimônio, mas que foi deixado de lado nos últimos anos. Uma das propostas do plano nesse quesito é fazer um mapeamento sócio--histórico e investir no patrimônio, na educação e na memória.
Outro ponto destacado por Rodrigo é que o Plano Municipal de Cultura irá contribuir para a mudança da matriz econômica de Mogi Guaçu para uma matriz criativa. “O desenvolvimento da economia criativa é um fator de desenvolvimento humano, econômico e social. Cidades criativas mudaram o rumo de suas histórias, da vida de seus cidadãos, com um investimento no que há de mais autêntico, que é a própria cultura”, argumentou.
Por isso, como o plano prevê o fortalecimento da economia criativa como vetor de desenvolvimento econômico, Rodrigo ressaltou a necessidade da criação de tecnologias culturais. “Apesar de a arte ter em si mesma o seu significado, é necessário que dotemos a arte e acultura no sentido econômico que ela tem e possamos transformar nossa realidade através do investimento em tecnologias culturais”, frisou.
Para garantir a execução das propostas apresentadas pelo plano, o documento prevê também a instituição do Fundo Municipal de Cultural, cuja verba será gerida pelo Conselho Municipal de Cultura. “O fundo fará a diferença para a gente consiga causar toda essa mudança”, afirmou Rodrigo. Dos recursos do fundo, 70% serão destinados para projetos de fomento e 30% para programas e outras ações estratégicas da secretaria na formação de publico e de plateia. O fundo será constituído de um repasse de 0,8% da arrecadação municipal.
Ao finalizar a apresentação, Igor ressaltou a importância do papel dos vereadores nesse processo. “Vocês vão entender a necessidade de aprovação desse plano. Nós temos pressa de mudar o nosso município e dar oportunidade para tantos jovens e pessoas que não estamos alcançando, formar profissionais, formar pessoas que irão trabalhar no setor cultural. Aprovar o plano é colocar para Mogi Guaçu uma oportunidade de brigarmos contras as drogas, contra a violência, contra o tráfico. Hoje o cidadão guaçuano necessita de muito do que está escrito nesse plano”, finalizou.
Ao receber o plano das mãos do presidente do conselho e do secretário de cultura André Sastri, o presidente da Câmara, Guilherme de Sousa Campos (Cidadania), disse que é compromisso dos vereadores de votar a implantação do Plano Municipal de Cultura em regime de urgência assim que o Executivo enviar no projeto de lei com essa finalidade para o legislativo.