16/09/2021 às 09h55min - Atualizada em 16/09/2021 às 09h55min
Prefeitura quer financiar R$ 11,5 milhões para investimento em saneamento
A Prefeitura pretende financiar R$ 11,5 milhões com a Caixa Econômica Federal, por meio do programa Finisa (Financiamento à lnfraestrutura e ao Saneamento), para investimentos em obras de saneamento, como a conclusão da ETE (Estação de Tratamento de Esgotos) do Córrego dos Ypês; serviços nas ETAs (Estação de Tratamento de Água) de Mogi Guaçu e do distrito de Martinho Prado); e compra de veículos e máquina de compostagem.
Para isso, precisa de autorização legislativa, cujo projeto de lei nesse sentido já foi enviado pelo executivo à Câmara Municipal. O superintendente do Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto), Mário Antonio Zaia, esteve no legislativo na segunda-feira (13) para explicar aos vereadores a necessidade do financiamento e solicitou a aprovação.
Segundo Zaia, do total a ser financiado, R$ 7 milhões serão destinados para obras da etapa 1 da ETE da Lagoa dos Ypês. A unidade começou a ser construída em 2007 e já foi paralisada por diversas vezes. O primeiro módulo tem capacidade para tratar esgoto gerado por quase 50 mil pessoas. “Hoje, cerca de 50% do esgoto de Mogi Guaçu é do vale dos Ypês”, disse, justificando a importância da obra.
“É uma questão de honra concluir essa etapa, já que começou em 2007. Hoje temos 12 empreendimentos que necessitarão da unidade e já temos pedidos de instalações naquela região. Se tudo correr bem, em maio de 2022 estaremos inaugurando a estação”, argumentou o superintendente. O esgoto na região é tratado atualmente por meio de uma lagoa de lodo ativado.
ÁGUA
Outros R$ 3 milhões serão investidos no sistema de abastecimento de água, sendo R$ 2 milhões para obras da ETA de Martinho Prado Júnior e outro R$ 1 milhão na reforma da ETA I e da ETA 2 do Jardim Bela Vista. Os serviços vinham sendo realizados pelo Samae com recursos próprios, mas o orçamento da autarquia para 2022 prevê dificuldades para essa situação.
“Não teremos recursos para isso”, frisou Zaia, apontando como fatores para esse cenário a queda na receita, com o aumento da inadimplência, e a alta nos custos, principalmente, com energia elétrica. Por fim, Zaia falou da necessidade de investir R$ 1,5 milhão para a substituição de veículos da frota e para aquisição de uma máquina de compostagem.
Segundo ele, ‘é mais barato comprar a máquina e fazer a compostagem com o logo gerado pelo tratamento do esgoto, oferecendo, por exemplo, para o plantio de eucaliptos, do que enviar para um aterro’. “Precisa ser um aterro especial, temos o transporte e ainda precisamos fazer análise do material. Tudo tem custo”, comentou.
O superintendente informou aos vereadores que já manteve conversas com a CEF, que se comprometeu a liberar os recursos em até 40 dias após a formalização do financiamento. Os valores contratados serão amortizados num período de 48 meses, com dois anos de carência para início de pagamento.