PASCHOALETTO
[1], Alberto C.
Nobre leitor de
(CONS)CIÊNCIA & VIDA o termo agonista vem do grego “agonistés” e do latim “agonista" que representa o competidor equivalente a uma pessoa engajada em um conflito, desafio ou competição ao seu oponente denominado “antagonista”. Calma, estamos só no começo e como diria o esquartejador vamos por partes, nobre leitor.
Continuando em nossa linha de argumentação filosófica na acepção da bioquímica e farmacodinâmica um agente agonista se refere a substância química que interage com um receptor de membrana, o ativa e inicia uma reação. A reação pode ser um aumento ou diminuição na atividade de uma determinada célula associada ao receptor. Ainda em nossa argumentação quando a molécula da substância agonista interage com o receptor por meio de ligações covalentes apropriada para causar alterações celulares que pode ou não ter uma resposta fisiológica. As substâncias agonistas são comumente usadas em eletrofisiologia para ativar especificamente as correntes iônicas. Ocorre que na relação cartesiana as coisas se manifestam em forças dualistas, contrárias, assim sendo o agonista tem seu oponente de força contrária denominado antagonista que significa o que age em sentido oposto; opositor ou aquele que é contra alguém ou contra alguma coisa; adversário, enfim um vilão que é um personagem, um grupo de personagens ou uma instituição que representa uma oposição contraria ao do agonista. Em outras palavras, é uma pessoa, ou um grupo de pessoas gerando força de resistência em oposição por um princípio cartesiano. Isto posto, cabe aqui uma reflexão: Como se a vida fosse um relógio de corda que mecanicamente se expirará nas próximas vinte e quatro horas após seu contato com esse texto... sim, agora contaremos com sua capacidade de subjetivação para compreender a nossa proposta argumentativa para sensibilizá-lo a ponto de pensar sua vida, como alguém frente ao espelho. Chegamos ao núcleo intencional do nosso texto reflexivo. Pois bem, com nossa ideia central baseada na autorreflexão queremos acordá-lo da robotização e piloto automático pelo qual damos conta dos compromissos, profissionais, pessoais, sociais, e tantos outros. Não nos demos conta que vivemos uma sociedade do espetáculo capitalista que desde os anos cinquenta sustenta-se num ciclo de produção linear sustentada no consumo com uma tendência histórica de moldar suas campanhas publicitárias no esvaziamento existencial que gera uma necessidade de compensação através do consumo o que alimenta a história dessa categoria de produtores de bens, cada vez mais concentrados em conglomerados industriais. Essa tendência foi levada ao extremo e criou um problema: a sociedade tornou-se tão consumista na demanda pela produção de mercadorias que muitos aspectos da vida foram moldados pelas atividades humanas e, ao mesmo tempo, o controle da distribuição das atividades tornou-se mais alienado. E alienado mais do que nunca.
O resultado é uma nova forma de conflito: porque a automação pode garantir a satisfação das necessidades de sobrevivência sem depender de trabalho contratado, a pobreza de subsistência está substituindo a pobreza material, e o conflito social decisivo não é mais entre o trabalho e o capital em si, mas essas pessoas estão vazias por dentro, e compulsivamente vão as compras para compensar a dor desse esvaziamento de valores e são mais fontes de demandas sobre a vida e aqueles que tentam manter o sistema atual, não podem mais parar como se fossem um trem desgovernado e sem freios. Dessa forma cada dia passa no piloto automático, pois descreve os estágios iniciais da evolução do poder alienado como uma forma da própria paisagem desfigurada pela velocidade. Vez em quando um sinal de alerta do corpo, outra vez o sinal de alerta chega através de uma ruptura de vida e morte. Pois então nobre leitor, viver está cada vez mais complicado e não é para ser assim. Afinal, somos criaturas idealizadas pelo criador para ser sua imagem e semelhança e portanto importantíssimo que sejamos ao mesmo tempo obra de arte como também o criador mas retornando a ideia central do texto é lembra-lo de que no tic tac das horas o
entra/sai ano está fluindo onde cada ano tem seu p
eríodo cíclico de 365 dias solares e 6 horas está aí novinho para preenchermos o dia-a-dia com atividades existenciais. Lembre-se, não vivemos no ano, mês, quinzena ou semana, mas, no dia a dia é que conjugaremos as ações do tempo presente; Embora o ano nos dê uma sensação de futuro pois que está lá em 31 de dezembro seu final mas é logo no começo de cada dia do ano que surge o sinal do I
nício em continuidade ao velho ciclo/processo e vigorará em seu curso atual, engolindo os dias, rapidamente. É necessário substituir os velhos hábitos e costumes, que já estão ultrapassados para deixar espaço ao novo. Sentimento para perceber, sentir e
conhecer as coisas, para se colocar aberto ao novo e sensível ao fenômeno da vida afetiva e das emoções da mudança de hábito. Esperança: para ver os hábitos e vícios e perceber a profundidade e o tamanho da prisão existencial que estamos cavando e, para concentrar o sentimento e enxergar como possível da realização daquilo que se deseja melhorar por sua qualidade, caráter, valor, importância, que é superior ao que lhe é comparado. Queremos propor que você limite seu campo de visão para um dia, como sendo único, enfim... se pelo menos pensares assim ao ler o texto já alcançaremos nosso objetivo reflexivo.
Assim, caso não consigamos elevar nosso nível espiritual do inconsciente para o consciente, estaremos como a algoz de si mesmo que se coloca obreiro em cavar calabouços aos vícios enquanto ao mesmo tempo levanta templos à virtude e sabe-se lá à quais divindades pode-se considerar como válidas, atualmente. Embora quando se espera uma prática da espiritualidade consciente a intencionalidade da prática do bem não deve ser apenas dita em palavras e discursos, pois se assim for não passa somente para servir como simbolismo e acaba sendo vivido no piloto automático, portanto, inconsciente. A questão aqui neste texto, se quisermos, realmente, que um ano novo seja com sentimento de esperança e melhoria, precisamos fazer alguma coisa para dar o primeiro passo no sentido de reconhecer as próprias falhas e admitir a necessidade da ajuda do outro. Assim, não basta saudarmos alguém desejando um ótimo final de ano nem muito menos um bom ano novo, se continuarmos presos aos velhos hábitos de fazer o errado (efeito) perpetuar-se como causa primária.
O vício/hábito da nossa prisão existencial pode ser o cigarro, álcool, sedentarismo, gula, luxúria, vaidade, orgulho, soberba, sovina, jogo, e outros considerados tudo aquilo que causa dependência física, mental ou psíquica e que diretamente fazem com que nosso organismo deixe de funcionar biologicamente como foi programado pelo Grande Arquiteto do Universo ou, gerando um desequilíbrio no campo de vibrações do destino. Faça uma pergunta para você, caro leitor, ainda hoje e de preferência agora mesmo:
"O que fizeste tu, de tua vida nesse ano?" Tem uma frase muito interessante para pensarmos em conclusão, um trecho adaptado do poema de Victor Hugo – “
Desejo, outrossim, que você tenha um ego forte, porque é preciso ter força e coragem. E, que pelo menos uma vez por ano você tenha coragem para colocar ele (ego) na sua frente e diga: Você é meu! Só para que fique bem claro quem é o dono de quem”. Adaptado do poema “Desejos”, o belíssimo poema de Victor Hugo que inspirou Frejat em sua clássica música Para recomeçar, que segue na íntegra: